quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sinais a Mais, Educação a Menos !


A Comissão de Educação do Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que instituirá a obrigatoriedade do ensino da Língua Brasileira de Sinais utilizada pelos deficientes auditivos no currículo da pré-escola e dos primeiros anos do ensino fundamental. A justificativa é extremamente louvavél: fazer com que as pessoas dominem essa linguagem para permitir a maior integração dos deficientes auditivos à sociedade. Este projeto foi proposto pelo senador Cristovão Buarque e precisa passar ainda por mais uma comissão, para então, ir a plenário, à sansão presidencial e se tornar lei.
A grande discussão gira em torno do cumprimento da lei, caso venha ser aprovada, já que a escola brasileira infelizmente não consegue alfabetizar seus alunos na linguagem escrita, grande maioria não consegue ler e entender um artigo de jornal. Pergunta-se: como pode querer a escola alfabetizar na linguagem dos sinais ?
O sistema educacional brasileiro está sobrecarregado, não consegui dá conta do básico e com certeza não dará conta de assumir responsabilidades adicionais. A lei é boa, a intenção é ótima, mas a realidade é outra. De onde tirar tempo extra necessário ao acompanhamento da nova disciplina? De onde sairá o dinheiro para treinar os professores, comprar livros ? Quem assumirá essa nova responsabilidade ?
Simples, o dinheiro e o tempo serão sacados do currículo convencional, e o aprendizado das crianças continuará a ser comprometido. Nossos legisladores continuarão a elaborar leis para justificar a sua existência, a educação brasileira não irá avançar e contudo continuaremos com o alto indice de analfabetismo seja qual for a linguagem e quem paga por tudo isso? A sociedade brasileira.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Uma salada de letrinhas


A partir de hoje começamos a escrever de forma diferente, a dúvida está instalada !!!
O novo acordo ortográfico firmado entre os países de língua portuguesa que pretende unificar a forma como os cidadãos lusófonos do mundo grafam seu idioma não reforma a língua portuguesa, apenas quer que os países tenham uma grafia única.
Não sou a pessoa mais adequada para falar dessas mudanças, mas como terei que conhecê-las, vou tentar enumerá-las:


1.Caem os acentos tônicos
a) O acento agudo para marcar o U tônico nas sílabas que, qui, gue e gui dos verbos deixa de existir.
ex.: argúi vira argui

b) Se for no I, permanece.
ex.: oblíque
c) As palavras paroxítonas com I ou U tônicos precedidos por ditongos ficam sem acento
ex.: feiúra vira feiura
d) As palavras oxítonas continuam acentuadas.
ex.: Piauí


2. O alfabeto passa a ter 26 letras.
As letras K, W e Y agora são oficiais, apesar de já serem usadas.
ex.: Kuwait, byronismo

3. O trema é eliminado.
Antes usado para marcar a pronúncia do
U nas combinações que, qui, gue e gui, o sinal deixa de existir.
ex.:lingüiça vira linguiça

4. As paroxítonas perdem acentos.
a) os ditongos abertos
ÉI e ÓI ficam sem o acento agudo.
ex.: ideia e heroico
b) As formas com
EEM ficam sem o acento circunflexo.
ex.: leem
c) O penúltimo
O do hiato OO(S) fica sem o acento circunflexo.
ex.: eu magoo


5. I pelo E Adjetivos e substantivos derivados são escritos com I antes da sílaba tônica.
ex.: acriano ( de Acre)

6.Caem os acentos diferenciais
ex.: pára ( verbo) vira para
pêlo ( substantivo ) vira pelo

7.
O uso do Hífen
a) Os prefixos aero, auto, arqui, agro, alvi, ante, anti, auto, contra, des, eletro, entre, extra, foto, geo, hidro, micro, in, infra, intra, macro, mega, maxi, mini, moto, multi, nano, neo, pluri, poli, proto, pseudo, re, retro, semi, sobre, socio, supra, tele, tri, ultra, vaso, video se juntam com hífen ao segundo termo quando a letra inicial é h ou uma vogal igual à do final do prefixo.
ex.: anti-inflamatório proto-história
b) Quando esses prefixos não pedem hífen, dobram-se o S e o R do segundo termo se a pronúncia assim o exigir.
ex.: motosserra, ultrassom, minissaia
c) Os prefixos c
iber, hiper, inter, super se juntam com hífen ao segundo termo quando a letra inicial é H ou R.
ex.: super-homem
d) os prefixos
sob, sub se juntam com hífen ao segundo termo quando a letra inicial é H.
ex.: sub-humano
e) o prefixo MAL se junta com hífen ao segundo termo quando a letra inicial é H ou VOGAL.
ex.: mal-humorado, mal-estar

Na maioria das línguas, a ortografia evoluiu e se consolidou no decorer do tempo, obedecendo a uma necessidade de ordem numérica: quanto maior o número de usuários regulares da linguagem escrita, maior também a necessidade de que se chegasse a formas consensuais para grafá-las. Então vamos incorporar estas regras para a evolução da nossa língua portuguesa.
Já ia me esquecendo: Um feliz 2009 para todos nós !!!


quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal com Roberto Carlos


O especial do Rei Roberto Carlos já me acompanha por quase toda a minha existência, já são 34 anos consecutivos e sem dúvida para muita gente, Natal não é Natal sem o especial do rei. Este ano, por sinal eu não deixei de assistir, ele fez uma mistura eclética de convidados, com representantes de samba, sertanejo, rock e música popular brasileira ( MPB ). Participação de Zezé di Camargo & Luciano, Neguinho da Beija-flor e a espetacular Rita Lee, velha colega dos tempos de jovem guarda. O ápice foi o reencontro com Caetano Veloso, com quem encerrou a noite na reedição da parceria entre os dois nos shows pelos 50 anos de bossa nova.
Para você, um finalzinho da noite de Natal com muita paz, alegria no coração e a satisfação de poder dizer: Mais um Natal em minha vida !!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Reprovar quem não aprendeu ?


No fim de ano, o que fazer com um aluno que não aprendeu o suficiente? Dar bomba, para que repita o ano ? Ou deixá-lo passar ? Tal indagação é fruto da tese de Luciana Luz, orientada pelo professor Rios Neto da Universidade Federal de Minas Gerais ( UFMG ). A tese permite comparar um aluno que repetiu o ano por não saber a matéria com outro que foi aprovado em condições similares. Os números mostram com meridiana precisão : um ano depois, os repetentes aprenderam menos do que alunos aprovados sem saber o bastante. Ao que parece, para os repetentes, é a mesma chatice do ano anterior, somada à frustração e à auto-estima chamuscada. Se formos mais além da tese. Não reprovando, a nação economiza recursos, pois com a repetência, o estado paga a conta duas vezes. E, como sabemos por meio de muitos estudos, os repetentes correm muito mais risco de uma evasão futura. A história não termina por aí. A angústia de decidir se devemos aprovar quem não sabe torna-se assunto secundário, diante da constatação de que o aluno não aprendeu. Infelizmente todo final de ano somos obrigados a conviver com tal dilema que só aumenta em números a cada ano e o que fazer ? Não sei. Lamento. O medo da repetência leva a minoria de classe média a estudar, para evitar os castigos, já nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem. Se a família não priorizar a educação de seus filhos e a escola não fizer com que os alunos de fato aprendem, o professor sempre estará com a corda no pescoço e o país com altíssimo nível de repetência. Basta melhorar a qualidade da educação para todos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Um sonho Cor-de-Rosa


O guaraná Jesus é um privilégio dos maranhenses, foi criado em 1920 por um nobre farmacêutico daqui de São Luís, ele é distribuído exclusivamente no Maranhão. Tornou-se um fenômeno de popularidade e é conhecido por aqui como o sonho cor-de-rosa por ser muito doce e com gosto de bala, é produzido à base de guaraná e extratos de cravo e canela é encontrado em qualquer esquina, em todo lugar. Infelizmente, o sonho acabou, atualmente é a própria Coca-Cola que o produz e está abrindo uma votação para definir qual rótulo vai utilizar para concretizar ,de fato, o total domínio sobre o refrigerante de marca genuinamente maranhense.
A sua propaganda diz: "O guaraná JESUS agora faz parte da linha de produtos da coca-cola Brasil que reconhece e valoriza a importância e toda história de sucesso desta marca. Afinal, ela é um ícone do Maranhão e motivo de orgulho do seu povo. Por isso vamos trazer grandes novidades, começando pela mudança de toda comunicação visual e do lançamento da nova lata que você vai escolher: o sabor da sua vida, agora de cara nova! E aí, qual é a sua ? Guaraná Jesus- natural do maranhão". Acesse o site www.escolhasualata.com.br e escolha qual das três latas será a cara do nosso Jesus a nível nacional. Que pena, perdemos nosso exclusivo JESUS !!!!!!!!!!!!!!


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Consultora do Lar


Já surgiu a nova versão do "marido de aluguel", homens contratados por mulheres solteiras para resolver problemas de casa, como consertar chuveiro, arrumar a calha, esvaziar o porrão, qualquer serviço que envolva a força bruta, não recomendável ao sexo frágil; são as "esposas de aluguel" que realizam os mesmos serviços de uma dona de casa,pregão botões, organizam armários, substituem as toalhas sujas e rasgadas, tiram os farelos dos tapetes, enfim, realizam os afazeres domésticos não recomendável para os homens solteiros ou casados que desejam ter a casa arrumada, mas não dispõem de tempo, de jeito, de paciência ou da esposa disponível para realizar estas tarefas.
A remuneração de uma esposa de aluguel varia de R$35,00 a R$60,00 a hora, é um trabalho bem pago. De fato, mas nem todo afazeres de uma esposa comum são incluídos. Sexo, nem pensar. Em muito casos a esposa de aluguel trabalha em casas onde há uma esposa.
As mulheres de hoje se preocupam muito com a profissão, já os homens estão preocupados com a vida fora de casa, surge então uma lacuna que pode ser preenchida pela esposa de aluguel. A governanta por um dia não possui nível nem escolaridade, a exemplo da professora doutora em história social da universidade de São Paulo ,Eni de Mesquita, esposa de aluguel nas horas vagas.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Má Formação do Profissional de Educação


As amarelinhas da revista VEJA dessa semana (edição 2088-26/11/20o8) entrevistou a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, uma das maiores especialistas em ensino superior brasileiro e revela que os cursos de pedagogia perpertuam o péssimo ensino nas escolas, pois são incapazes de formar bons professores.
Há cinqüenta anos ela trabalha no Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo, foi secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo FHC e há vinte anos se dedica a produzir pesquisas de bom nível sobre a universidade brasileira.
Segundo Durham, as faculdades de pedagogia valorizam a teoria e menosprezam a prática, recebem futuros profissionais com grandes limitações elementares tais como a de escrever textos sem cometer erros de ortografia simples e a de nem consequirem expor conceitos científicos de média complexibilidade e os lançam no mercado de trabalho sem ter corrijido essas deficiências, porque o seu objetivo principal é fazer com que os candidatos a professor apliquem conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação, totalmente adversos às necessidades reais das escolas e absurdas diante dos estudantes universitários tão pouco preparados. Ao invés de ensinarem os aspirantes a dar aulas, os expoêm a uma coleçaõ de jargões que são reproduzidos quando chegam às escolas para iniciarem suas atividades.
Durham afirma que os professores não sabem nem como iniciar suas tarefas mais básicas, não admitem que o ensino no Brasil é ruim, porque eles mesmos não estão preparados para desempenhar a sua função e atribuem o fiasco a fatores externos; culpam o governo de não lhes prover a formação necessária e que ganham pouco. Ela atribui aos sindicatos o culto ao absenteísmo (falta ao trabalho ) sem que haja perda ou desconto de salário em função do corporativismo existente e para piorar a situação, os maus profissionais não podem ser demitidos.
É notório que as faculdades particulares de baixa renda tem o foco nos estudantes menos escolarizado, elas formam maus profissionais que dificilmente irão concorrer a um bom emprego, o que importa é manter o aluno pagando, mas cabe perceber que mesmo mal formados, esses estudantes levam vantagem sobre os outros que jamais cursaram uma universidade, ainda que tenham adquirido muito pouco conhecimento, essa é a lógica típica de países em desenvolvimento, como o Brasil, onde o diploma de ensino superior independentemente da qualidade pesa muito. A experiência mostra que essas faculdades ruins passam a ser menos procuradas e boa parte acaba desaparecendo a proporção que a população se torna mais escolarizada e o mercado de trabalho mais exigente.
Há a necessidade de reformular inteiramnete as faculdades de pedagogia, repensá-las, e assim mudar a posição do Brasil nos rankings internacionais de ensino, neles estamos sempre entre os piores países do mundo em educação, conclui Eunice Durham.